24 outubro 2006

Como uma pessoa pode sentir saudade de algo que não aconteceu?

Rosa Virgínia perguntou:

Como uma pessoa pode sentir saudade de algo que não aconteceu?

Prezada amiga Rosa, a resposta pode estar nas vidas passadas ou na física quântica. Como eu não acredito em vidas passadas, ficaremos com a mecânica das partículas infinitesimais para explicar esse fenômeno também conhecido como “recordações do futuro”.

O nosso velho amigo Einstein já dizia e provava que a velocidade da luz é a barreira máxima de velocidade que se pode atingir em nosso universo. Por que ele dizia isso, eu não tenho a menor idéia e estou com preguiça de procurar. Mesmo porque, para demonstrar meu raciocínio, não vamos precisar muito dele e de sua teoria, só um pouquinho. O que eu sei, e posso te dizer, é que conforme um corpo se acelera e se aproxima da velocidade da luz, sua massa vai aumentado e o tempo se dilata. Ao ponto de parar de correr o tempo quando esse corpo atinge a velocidade da luz (e sua massa fica infinitamente enorme). Não sei por que cargas d’água, a velô da light se torna uma barreira intransponível para qualquer coisa que exista no nosso mundinho universal do reino de Deus formado por partículas que se movem em velocidades abaixo dela.

Mas, minha cara Rosa, o que se comenta por aí, é que o fato da luz ser uma barreira inexpugnável não quer dizer que também não exista todo um(ns) outro(s) universo(s) na parte de cima da barreira, que não exista toda uma gama de partículas gerando e se configurando num universo cuja velocidade mínima seria a da própria luz. A barreira continua intransponível, mas delimita universos acima e abaixo dela. Voltando ao nosso querido Einstein, ele dizia (e provava) que se o tempo não anda quando atingimos a velocidade da luz, para velocidades ainda maiores, ele começa a andar ao contrário. Para as ligeiras partículas (táquions) desse mundo supra-velô-luz, o tempo anda para trás. E se ele anda ao contrário, numa relação causa e efeito, o efeito acontece antes da causa. A batida do carro acontece antes da freada, a gravidez antes da concepção, o remorso antes da coisa errada que se faz. E a saudade, antes do motivo que a causou. Dessa forma, os táquions passeiam em seu universo superior à velocidade da luz, configurando mundos em que o futuro já era e o passado ainda está para acontecer.

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